Como você cura sua ressaca? Com mais bebida? Você talvez até possa fazer isso por algum tempo, mas e depois? Ainda mais bebida? E quando não houver mais bebida por perto, ou excesso dela? O que vai acontecer? Isso é uma metáfora usada para o pensamento keynesiano, usando estímulos para mover a economia e gastar mais para gastar menos, contudo, a proposta deste artigo é usar tal falácia no sentido de o Estado criar o problema e vender a solução.

A desculpa que estudiosos usam quando questionados sobre o nascimento dos poderes paralelos é “o Estado não chega às comunidades, pois ignora a ‘existência’ destas pessoas”. E o que tais “estudiosos” propõem como solução? Mais Estado! Pedem interferência estatal, seu aumento.  Isso é tão lógico quanto dar bebida para criar a ressaca que será curada com mais bebida.

É moralmente correto pedir ao causador reparar o dano? Sim! Mas será eficaz? Curar a ressaca com bebida pode funcionar a curto-prazo… Mas e quando esse prazo acaba? O que acontecerá? Não quero estar nas periferias quando isso acontecer.

O Estado odeia concorrência. O tráfico não paga imposto, a periferia não paga imposto, então o povo paga para os traficantes os protegerem (que são melhores que a polícia na maioria das vezes). Então, por que se preocupar? Eis a questão. O Estado está mais preocupado em criar “bolsas família” e outros tantos programas assistencialistas do que resolver os problemas pré-existentes; sem contar o rombo que abrem na economia toda vez que iniciam um “projeto social”.

Então, é realmente de mais Estado que precisamos ou é mais prudente cortar o mal pela raíz? Afinal, o causador é o Estado, e não há como ser causador e salvador ao mesmo tempo, assim como não é possível ser produto e reagente ao mesmo momento. Precisamos mesmo de um Estado que só se preocupa em manter o monopólio da espoliação? Precisamos de um Estado que protege e serve os interesses de si próprio? Não!

O final da festa se aproxima e ficaremos sem bebida. A ressaca será a la domingo pós festa open bar, provavelmente mais forte. Parafraseando Game of Thrones “The debt is coming”.  Se preparem, a crise será grande. Então, pegarás o próximo copo bebida ou encarará de vez a ressaca?

 

Lucas Pagani é estudante de Economia da FURG, coordenador do EPL/RS e colabora com o site do Clube Farroupilha.

As informações, alegações e opiniões emitidas no site do Clube Farroupilha vinculam-se tão somente a seus autores.

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