*Por: Tom Palmer

Nos últimos dias, houve regozijo na internet por conta do massacre de inocentes que foram mortos por serem gays e americanos. Essa união de características permitiu ao Estado Islâmico ¨matar dois coelhos com uma cajadada¨.

 

É momento de contra-atacar. Chega de zonas de massacres – conhecidas como Zonas Livres de Armas. Se houvesse pessoas com armas na cintura dentro da boate Pulse, o fanático que prometera fidelidade ao ISIS poderia ter sido parado. Dezenas de vidas poderiam ter sido salvas.

 

Falo isso como um homem gay que já carregou armas para auto-proteção.

 

Vamos deixar uma coisa muito clara: os defensores do controle de armas desarmaram as vítimas naquela boate. A lei da Flórida afirma inequivocamente que mesmo a licença para porte “não autoriza qualquer pessoa a carregar abertamente um revólver, ou uma arma escondida, em qualquer parte de um estabelecimento licenciado para distribuir bebidas alcoólicas para consumo no local, onde parte do estabelecimento é dedicado principalmente para esse fim”.

 

Isso fez com que as pessoas fossem alvos fáceis. As legalmente designadas Zonas Livres de Armas são convites para assassinos. Estes começam a acumular mortes entre as vítimas indefesas, sem qualquer oposição eficaz. Há uma razão para que eles procurem tais lugares: todo mundo foi desarmado e rendido pelo movimento pró-desarmamento.

 

Os defensores do controle de armas acham que é uma boa ideia desarmar as vítimas e anunciar onde você pode encontrar pessoas totalmente indefesas, porque há uma superstição da magia primitiva que eles compartilham com o assassino Omar Mateen: entoando coisas, tornamo-las reais. Se você bradar as palavras certas, neste caso, “as armas são proibidas,” ninguém terá armas. E se ninguém tem armas, não haverá assassinatos.

 

Desculpem, amigos, mas a vida real não funciona dessa maneira. Acreditar nisso não torna o fato verdadeiro, assim como a crença de Mateen na qual ele acabaria em um paraíso como recompensa pelos assassinatos também não passa de misticismo.

 

Moveon.org já começou a cantoria: “Precisamos agir agora por regulações pautadas pelo senso comum e para banir fuzis de assalto,” da onde sai a conclusão de que isso “fará cessar os ataques em massa que arrasam nossa comunidade .” Tradução: Controle de armas não funciona, então vamos lutar por mais controle de armas.

 

Talvez devêssemos ter o tipo de controle que há na França e na Bélgica, já que estes funcionaram tão bem por lá. Assassinos jurados ao ISIS mataram 89 pessoas no Bataclan em Paris. Não havia armas de fogo para que as vítimas pudessem defender a si mesmas, nem mesmo para os oito policiais fora do expediente que lá estavam.

 

Jesse Hughes, cantor da banda que estava no palco naquela noite, disse em entrevista a uma TV francesa logo após o ataque, ¨as suas leis desarmamentistas conseguiram proteger uma única pessoa de ser morta no Bataclan? Se alguém aqui conseguir me responder que sim, eu adoraria ouvir, pois não acredito nisso.¨

 

Particularmente, eu carregava uma arma e eu usei-a para afastar um grupo homofóbico que disse a mim e a um amigo que nos matariam.

 

“Eles nunca vão encontrar seus corpos”, disseram eles. Estamos vivos porque eu estava armado, pronto e disposto a usar a minha arma de fogo. Estou feliz que eu só tive de ameaçar, mas eu teria descarregado a munição se fosse a única maneira de meu amigo e eu sobrevivermos. Eu tenho cursos em armas de fogo, uso-as, estava armado e, nesse clube, eu poderia ter tomado medidas, em vez de apenas ser uma vítima.

 

O Estado Islâmico mata constantemente homossexuais na Síria e no Iraque das mais terríveis formas. Agora eles apontam suas intenções para a América, e homossexuais estão no topo de sua lista de abate. Se eles estão vindo atrás de nós, eu, por exemplo, quero estar preparado. Eles dizem que quando os segundos importam, policiais estão a minutos de distância. Isso é tempo demais para eu esperar. Chegou a hora de pararmos de  convidar assassinos para as sanguinárias Zonas Livre de Armas. Originalmente postado em: http://www.nydailynews.com/opinion/tom-g-palmer-wake-orlando-gays-arm-article-1.2671568


Tom Palmer foi um dos demandantes no bem sucedido caso Heller Supreme Court que afirmou ser um direito individual portar armas. É vice-presidente executivo de programas internacionais da Atlas Economic Research Foundation, Diretor-Geral da Iniciativa Global da Atlas para o Livre Comércio, Paz e Prosperidade. Também é membro sênior do Cato Institute e Diretor da Cato University. Além de seu trabalho na Atlas e Cato, realiza palestras sobre a história da liberdade e do constitucionalismo, livre comércio, paz e individualismo. Autor dos livros “Percebendo Liberdade: A Teoria, História e Prática da Liberdade” e ¨Peace, Love and Liberty¨. É mestre em filosofia pela Universidade Católica da América.

 

Traduzido por André Freo, Presidente do Clube Farroupilha.

Revisão de Gabriel Larré da Silveira.

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