Na parte final da série, dissertarei sobre o último grande argumento utilizado para justificar a Teoria da Exploração Internacional: a instalação de multinacionais e o investimento estrangeiro. Para muitos nacionalistas, a instalação de multinacionais e os investimentos externos significa uma espécie de submissão ou humilhação em relação ao estrangeiro. Para os protecionistas e intervencionistas, a concorrência desleal das multinacionais destrói a indústria nacional. Para os socialistas, elas exploram a nossa mão de obra e drenam as nossas riquezas para os países de origem. Todas essas críticas são infundadas e só servem para travar o crescimento econômico dos países pobres, e manter a desigualdade entre os países ao redor do globo.
O desenvolvimento da economia ocorre quando a população aumenta a sua produtividade. Produzindo mais, ela ganha mais. Mas para aumentar a produtividade, é preciso investir em capital humano (educação e qualificação profissional) e principalmente em meios de produção mais eficientes (máquinas, ferramentas, fábricas, equipamentos, computadores, meios de transporte, etc.).
Como foi explicado no segundo capítulo, para investir, primeiro é necessário poupar. As pessoas não consomem tudo o que podem, para poder acumular recursos e reinvesti-los nesses bens de capital e aumentar sua produtividade. Feito isso, a geração de riqueza será maior, permitindo que a população tanto consuma quanto invista ainda mais do que antes. Esse é o caminho da prosperidade.
Os países subdesenvolvidos encontram-se nessa situação justamente porque possuem baixa produtividade. Eles têm poucas indústrias, insuficiência bens de capital e baixa produção. E o processo de acumulação de capital, necessário para o progresso, é extremamente lento em uma nação com poucos recursos e isolada do resto do mundo. Uma família pobre que recebe baixos salários e uma empresa com baixíssimos lucros dificilmente conseguem poupar e investir uma parte expressiva de seus recursos, sem que acabem passando por significativas privações por certo período de tempo.
Essa parca acumulação de capital é ainda mais prejudicada caso o governo possua alta carga tributária e retenha a maior parte dos lucros e salários das empresas e cidadãos, que por sua vez já são baixos. Então qual a solução para que uma nação consiga, de maneira relativamente rápida, se tornar desenvolvida, com salários, serviços e empresas de primeiro mundo?
Ninguém discorda que as regiões mais miseráveis do planeta, para aumentarem a sua riqueza, precisam de investimentos urgentes em hospitais, escolas, fábricas, estradas, portos, ferrovias, máquinas, saneamento básico, comunicações, energia e outras tantos setores. Porém, poucas pessoas se perguntam de onde será tirado o capital necessário para investir nisso tudo, e como os cidadãos, as empresas ou os governos conseguirão dinheiro suficiente para construir escolas, instalar redes de esgoto, edificar hidrelétricas ou arquitetar fábricas e ferrovias.
Poupar e investir é um processo extremamente frutífero, porém lento e que requer muito esforço. Se endividar é uma opção arriscada, e que no longo prazo tende a gerar mais ônus do que benesses. A alternativa apontada por muitas pessoas é o governo fazer todos os investimentos necessários. Mas elas se esquecem de que os recursos do estado não vêm “do além”, mas sim de impostos, e que qualquer coisa que o governo gaste, ele somente o poderá fazer se impedir que o setor privado faça esse gasto de maneira mais eficiente e produtiva. Como o governo é incapaz de criar riqueza, ele nunca será capaz de aumentar o investimento total e a oferta de capital de uma nação.
Mas todas as propostas ditas até agora, supõem que um país é um território completamente isolado. Nessas condições, realmente se torna difícil prosperar quando tudo tem que ser fabricado localmente, comercializado internamente e todo o capital existente provêm de poupança interna. Porém não existem nações solitárias, mas sim todas elas são apenas um pedaço de terra entre tantos outros. Nós podemos comercializar com todas as pessoas do mundo, e todas as pessoas do mundo podem comercializar conosco, independentemente de terem nascido do outro lado de uma linha imaginária chamada fronteira. Existem milhões de empresas e indivíduos com capital sobrando, e dispostos a investi-lo em nosso benefício.
Essa é a grande vantagem das multinacionais e dos investimentos externos. Eles significam que o capital acumulado nos países desenvolvidos está sendo injetado nas nações mais pobres, servindo para alavancar o desenvolvimento das mesmas. Esse é um fato muito importante, pois expressa que o dinheiro externo necessário para construir, por exemplo, uma fábrica ou um estaleiro, não foi derivado dos impostos, nem da escassa poupança interna, e tampouco de empréstimos, mas sim de dinheiro “de fora”, sem nenhum custo para a nação onde a multinacional se instala.
Se os cidadãos não dispõem de capital para construir portos, estradas, escolas, minas, usinas, refinarias e aeroportos, isso não exclui o fato de que no mundo inteiro há investidores e empreendedores que não apenas dispõem desses recursos, com também estão interessados em investi-los em toda essa infraestrutura. Esse interesse deriva do fato de que, justamente por serem obras tão necessárias e demandadas, elas oferecem uma boa oportunidade de lucro.
Dessa maneira, os estrangeiros eliminam o maior obstáculo ao crescimento econômico, que é a barreira da falta de recursos físicos e financeiros. Mas para isso, o governo não deve impedir ou atrapalhar os investimentos e sim garantir que haja liberdade econômica e sólida proteção da propriedade privada.
Existem diversas críticas ao capital estrangeiro. Possivelmente a maior de todas, é a alegação de que as multinacionais “roubam” a posição das empresas nacionais, impedindo que elas se desenvolvam. O argumento utilizado é que enquanto o lucro da empresa pátria fica dentro do país, o da empresa estrangeira é totalmente enviado para a matriz. Portanto, o capital externo não apenas mina as bases do nosso desenvolvimento, como também aumenta o fosso entre os países ricos e pobres. Essa é uma falácia econômica, que parte do princípio de que, sem a instalação de empresas externas, esses empreendimentos locais certamente existiriam, o que não é verdade.
Em 1870, 72% das ferrovias do Brasil pertenciam a quatro multinacionais inglesas diferentes [1]. Aos olhos de um nacionalista, isso é ruim, porque significa que, se o governo imperial tivesse barrado a entrada dessas empresas, essa fatia de 72% pertenceria a empresas brasileiras, e não ao estrangeiro. Porém, a verdade é que essas ferrovias simplesmente não existiram se os ingleses não as tivessem construído.
O governo e os empresários nacionais não tinham condições financeiras de arcar com o capital necessário para a produção, compra e instalação de tamanha quantidade de trilhos, vagões e locomotivas. Mas os ingleses tinham. Impedir que eles construíssem as ferrovias, só teria feito os investidores britânicos aplicarem o seu capital em outro país mais favorável aos negócios, enquanto o Brasil perderia a chance de ter uma quantidade três vezes maior de infraestrutura ferroviária.
Após a abertura comercial da China, nos anos 1980, inúmeras fabricantes de brinquedos estrangeiras se instalaram naquele país. Se as autoridades chinesas tivessem impedido esse processo, não significa que o país passaria a ter empresas de brinquedos nacionais de igual valor e qualidade, mas sim que não produziria nenhum brinquedo. E as pessoas que trabalham nessas multinacionais, estariam desempregadas ou em outros empregos com salários menores, provavelmente no campo.
No ano de 2006, uma única fábrica da Intel, instalada na Costa Rica, era responsável por 20% das exportações e 5% do PIB do país, além de gerar diretamente mais de 3 mil empregos [2]. Do ponto de vista intervencionista, pode parecer que se a Intel tivesse escolhido outra nação para alojar suas unidades de produção, não teria roubado “o lugar” de uma empresa nacional. Os costarriquenhos se beneficiariam disso, pois agora os lucros ficariam “em solo nacional”, ao invés de serem remessados para a matriz da Intel, que se localiza nos EUA. Esse pensamento é de um simplismo que beira o absurdo.
Sendo a Costa Rica um país relativamente pobre, seus empreendedores levariam muitas décadas para poupar e dispor do capital humano, industrial e científico necessário para a criação de uma empresa de semicondutores tão produtiva e avançada quanto a Intel. O resultado é que, sem essa multinacional, o PIB, a produtividade, o capital per capita, as exportações, a tecnologia, a arrecadação de impostos e a produtividade da Costa Rica seriam menores. O crescimento econômico se daria de uma maneira mais lenta e ardorosa, e os funcionários da empresa estariam desempregados ou em trabalhos com menor renumeração.
Isso, inclusive, leva à outra grande crítica: a de que as multinacionais pagam salários baixos e se aproveitam da mão de obra barata. Pode até ser verdade que muitas empresas transferem suas unidades de produção para países pobres, de maneira a poder economizar o custo com a mão de obra. Porém, aqueles que são avessos ao capital externo parecem ignorar que uma empresa estrangeira só pode contratar dois tipos de pessoas: desempregadas ou já possuidoras de um emprego.
No primeiro caso, ninguém pode se atrever a dizer que a empresa está sendo ruim ao empregar essas pessoas. Pois por mais que o trabalho seja exaustivo ou pouco renumerado, isso não elimina o fato de que esses trabalhadores preferem estar empregados. Sem essa empresa, provavelmente estariam morrendo de fome, roubando ou mendigando, sem nenhuma esperança quanto ao futuro e completamente marginalizados na sociedade.
Se uma multinacional, para obter os empregados necessários, contrata pessoas que já trabalham em outros locais, o mínimo que ela precisa fazer é oferecer condições de trabalho melhores ou salários mais altos. Com a internacionalização da economia ocorrida nas últimas décadas, muitas corporações que se instalaram em países asiáticos como a China, a Índia, a Malásia, a Indonésia e o Vietnã, contrataram funcionários que em sua maioria trabalhavam no campo anteriormente.
Eram pessoas que viviam na mais completa miséria, e se mudaram para as cidades desesperadas por um trabalho melhor nas fábricas. Nesse caso, quem pode se atrever a dizer que os investidores estrangeiros pioraram as condições de vida da população? Quanto maior o número de multinacionais, maior a produtividade e a demanda por mão de obra e menor a oferta da mesma, contribuindo para o aumento salarial geral no país.
Em suma, para analisar a situação salarial e trabalhista de uma nação, é necessário compará-la com a situação anterior da própria nação, e não com a situação em países desenvolvidos que já passaram por todo o processo de industrialização e desenvolvimento socioeconômico.
A terceira crítica, é que muitas empresas externas são privilegiadas, porque os governos concedem isenções fiscais para atrair o capital estrangeiro, seja por meio de acordos diretos, programas ou criação de zonas francas. Ao deixarem de pagar impostos, elas não cumprem com a sua “função social”. Porém, essas isenções fiscais não são a regra. Elas podem funcionar como um estímulo, mas para muitos investidores, são menos importantes do que a estabilidade econômica, política, monetária, liberdade financeira e garantia da propriedade. Além disso, é preferível que haja uma multinacional gerando empregos, aumentando a produtividade e melhorando a eficiência econômica do país (ainda que não pague impostos), do que um cenário onde não exista empresa nenhuma.
E, por fim, a inserção de um país na economia global, juntamente com o livre fluxo de capitais, não traz benefícios apenas em termos de produtividade, renda e emprego. É importante destacar que boa parte dos ganhos também se traduz em termos de difusão de conhecimento e tecnologia. Um estudante em um curso de informática de uma universidade brasileira, por exemplo, será muito mais qualificado profissionalmente se no seu período de universitário fizer um estágio na Dell ou na Microsoft ao invés de uma empresa local de pequeno porte.
Além de todos os argumentos já apresentados, há outro motivo pelo qual as multinacionais não significam “países ricos explorando a riqueza dos países pobres”. Em 1913, a nação que mais recebia investimentos internacionais no mundo todo não era um país miserável da América, África ou Ásia, mas sim os Estados Unidos, que estava longe de ser um país pobre e explorado. Pelo contrário, era o território mais rico do mundo, justamente pela liberdade econômica, tão essencial para atrair investidores. Enquanto os americanos tinham investimentos no estrangeiro inferiores a quatro bilhões de dólares*, a quantia que os forasteiros aplicavam no país era próxima de seis bilhões [3].
A partir de meados do século 19, os investidores britânicos foram os primeiros a perceberem que o seu capital poderia render lucros maiores caso olhassem além das fronteiras nacionais, e o investisse em outros países. Nas décadas seguintes, as estradas de ferro e a iluminação a gás revolucionaram os transportes e a iluminação pública. E em quase todos os continentes, a infraestrutura dos trilhos, dos trens, da tubulação do gás e dos postes de luz foi construída ou financiada por companhias inglesas. Isso se aplicava, também, aos norte-americanos. Os britânicos (e, mais tarde, investidores franceses, alemães e belgas) ajudaram a construir a América.
O segundo país que mais recebia investimento, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, era o Império Russo. Foi o capital francês que permitiu a existência da ferrovia transiberiana e outras estradas de ferro. E, tal qual os EUA, dificilmente os russos se enquadrariam como “explorados na ordem econômica internacional”, especialmente por causa das suas colônias e dos seus domínios imperiais.
O terceiro país com mais capital estrangeiro era o Canadá, onde os investidores, em sua maioria de origem inglesa e estadunidense, erguiam estradas, linhas telegráficas, portos, minas, sistemas de iluminação, usinas e ferrovias. E, novamente, ninguém poderia acusar que os canadenses fossem explorados na ordem econômica internacional, especialmente porque tinham o 3º maior PIB per capita do planeta [4], ficando atrás dos EUA e da Austrália, outro país com o crescimento estimulado pelo estrangeiro, como é atestado pelos 1,7 bilhão de dólares de capital inglês aplicado na época, tornando o país o 4º destino favorito dos investidores britânicos [5].
Em 1929, as posições já haviam se invertido: os canadenses se tornaram o país com mais investimento de multinacionais, e os estadunidenses ficaram em segundo lugar. No começo dos anos 1990, os maiores investidores do mundo eram, em ordem decrescente: EUA, Japão, Grã-Bretanha, França, Alemanha e Holanda. Para muitos protecionistas e nacionalistas, isso é a prova de que o livre fluxo de capitais só tem a beneficiar as nações ricas e industrializadas, em detrimento dos países pobres. Porém, essas críticas ignoram completamente o fato de que, em 1993, os 10 países que mais recebiam investimento estrangeiro direto eram os EUA, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Canadá, Espanha, Holanda, Austrália, Bélgica e Itália [6], todas nações ricas e prósperas – e que, definitivamente, nenhum socialista se atreveria a dizer que são povos explorados em uma ordem econômica internacional injusta.
Mas mesmo que todos os beneficiários desses investimentos fossem países pobres, isso não provaria que “receber multinacionais é coisa de país submisso”. Nas últimas duas décadas, de fato, as posições no topo do ranking se alteraram muito, e no “top 10” do ano de 2013 entraram países em desenvolvimento como a Rússia, o México e o próprio Brasil. Os Estados Unidos continuavam em 1º lugar, só que agora seguidos pela China [7]. Muitos pensam na exploração da mão de obra barata dos chineses. Porém são pessoas que ignoram que, desde a abertura econômica nos anos 1980, ocorreu um crescimento econômico enorme, a saída de 600 milhões de pessoas da miséria e um aumento de 0,233 pontos no IDH em 26 anos [8][9].
E agora, os próprios chineses estão começando a investir no resto do mundo. É um grupo de investidores chineses que está financiando a construção de uma nova maravilha da engenharia: o Canal da Nicarágua, que direta e indiretamente vai gerar cerca de 250 mil empregos e ajudará a tirar a Nicarágua da pobreza, colocando o país no centro das rotas do comércio internacional [10]. É válido lembrar que o Canal de Suez e o Canal do Panamá também foram construídos com investimento externo.
O Panamá, inclusive, até bem pouco tempo atrás era ridicularizado como um país que “abriu as pernas para os americanos”. Na última década, foram feitas reformas em um prol de uma economia livre, e mais de uma centena de multinacionais se instalaram ali. O resultado disso? Crescimento de 6,5% do PIB em 2014, queda da pobreza de 55% para 20%, primeiro metrô da América Central e o apelido de “Tigre Latino” [11].
Mas além dos Estados Unidos, há outros países desenvolvidos que figuram na posição de grandes recebedores de investimento externo. Entre eles, Hong Kong e Cingapura, que figuram na 4ª e 6ª posição. Essas duas ilhas são um exemplo do desenvolvimento que as multinacionais podem trazer, mesmo em países pequenos e com poucos recursos naturais. Devido em grande parte ao investimento estrangeiro, Hong Kong cresceu 8,9% ao ano nos anos 1970 e 7,2% ao ano na década de 80, enquanto que Singapura teve um média anual de crescimento de 8,5% entre 1966 e 1990 [12].
Como disse o ex-primeiro-ministro Lee Kuan Yew, que na segunda metade do século 20 implantou as reformas que guiaram Cingapura na direção de uma economia livre e aberta:
“Enquanto a maioria dos países do Terceiro Mundo denunciava a exploração das multinacionais ocidentais, nós as convidamos todas para ir a Cingapura. Desse modo conseguimos crescimento, tecnologia e conhecimento científico, os quais dispararam nossa produtividade de uma maneira mais intensa e acelerada do que qualquer outra política econômica alternativa poderia ter feito.” [13]
Nacionalistas, intervencionistas e socialistas veem com desconfiança ou mesmo com desprezo a atuação das multinacionais. Eles não percebem que as altas taxas, a insegurança jurídica e o intervencionismo econômico – esses e outros fatores que afastam os investidores – só contribuem para retardar o crescimento econômico, diminuir a prosperidade, aumentar o desemprego e manter os baixos salários e a baixa produtividade dos países pobres. Para os países menos desenvolvidos se desenvolverem, eles precisam, na verdade, do livre-mercado.
*Valor em dólares daquela época.
Autor: Luciano Rolim é um empreendedor e investidor libertário, autodidata e escritor nas horas vagas.
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Fontes:
[1] – Leandro Narloch, Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, Leya, 2009, página 126.
[2] – http://eleconomista.es/empresas-finanzas/noticias/81837/10/06/Intel-supone-el-49-por-ciento-del-PIB-de-Costa-Rica.html#.Kku8L4PPTKTA8IG
[3] – Atlas de História Mundial, Seleções do Reader’s Digest, 2001, páginas 254-255.
[4] – Séries históricas de Angus Maddison.
[5] – Atlas de História Mundial, páginas 254-255.
[6] – Atlas de História Mundial, página 305.
[7] – Relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), disponível em http://unctad.org/en/PublicationsLibrary/wir2014_en.pdf
[8] – http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2007
[9] – http://www.pnud.org.br/Noticia.aspx?id=1932
[10] -http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/11/141120_canal_nicaragua_numeros_rs
[11] – http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/01/1576599-com-crescimento-economico-forte-panama-deve-se-tornar-tigre-latino.shtml
[12] – Angus Maddison, “Historical statistics of the world economy: 1-2008 AD”, disponível em www.ggdc.net/maddison/Historical_Statistics/horizontal-file_02-2010.xls
[13] – http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2059