É de conhecimento de todos a situação agonizante na qual se encontra a educação brasileira, por isso é interessante recorrer a alternativas não convencionais, que possam mudar o terrível quadro no qual o Brasil se encontra.

O Brasil em avaliações internacionais está em uma péssima colocação, no  ranking do PISA (programa internacional de Avaliação de Estudantes), que avalia alunos em três áreas do conhecimento, sendo elas, ciências, leitura e matemática, está nas posições  63º, 66º e 59º, respectivamente, em um total de 70 países.

Quando é questionado  o que pode ser a causa do péssimo  desempenho, as pessoas apontam a falta de investimentos, o que revela falta de conhecimento acerca  do quanto  foi investido até agora.  O fato é que mesmo com o aumento, por vezes desmedido, de investimento em educação. Nossa posição só decaiu nos 13 anos de governos PTistas, resultando no número de 38% dos estudantes brasileiros do ensino superior  que não estão plenamente aptos à leitura.

Por isso, apontamos duas  possíveis soluções que  podem contribuir para uma melhora  no rendimento escolar: Vouchers e Educação domiciliar.

# VOUCHERS

Desde os primórdios das ciências sociais, economistas de diversas ideologias buscavam por inovações na economia. Nessa procura, desenvolveu-se um novo sistema financeiro que aspirava maiores liberdades econômicas. Surgiram, então, o sistema de vouchers, tendo moldes e funcionamentos consagrados, enfim, por Milton Friedman.

Basicamente, o sistema representa uma alternativa para descentralizar o fornecimento de um serviço pelo estado. Dessa forma, objetivos de diferentes governos, como a elevação na qualidade dos serviços oferecidos e o crescimento das igualdades de oportunidades, seriam mais palpáveis e cabíveis.

Por meio desse sistema, diversas funções do governo – como saúde, educação e segurança- passariam por um processo de reestruturação. A liberdade de escolhas do administrador – ou seja, o próprio usuário- seria amplamente valorizado.

Podemos, então, afirmar que a grande inovação na administração de qualquer um desses serviços, como na educação, foi a abertura de um sistema de concorrência. A relação público-privada é facilmente defendida ao analisar-se qualquer ranking comparativo entre escolas públicas e particulares, sejam estaduais ou municipais.

Nessa avaliação do sistema, torna-se pertinente mencionar os valores encontrados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o qual compila os gastos governamentais de vários países, aluno por aluno. Desse estudo, resulta-se um gasto anual de US$ 3,8 mil por aluno, o que representava, na época do estudo, R$ 11,7 mil. Ao dividir-se mensalmente, a quantia equivale a R$ 975,00.

Analisando os números, esses mesmos R$ 975,00 seriam suficientes para quitar a mensalidade de diversas escolas particulares, como a do colégio Santo Agostinho – um dos melhores colocadas no ranking nacional do ENEM. Nessa conta, deixou-se de lado, por exemplo, a excessiva carga de impostos que rege sobre as instituições particulares.

# PROUNI

Indo além da teoria, existe o já implementado PROUNI, programa baseado no sistema de vouchers. Ele proporciona aos alunos brasileiros de baixa renda a oportunidade de graduação em universidades privadas – que são, também, extremamente mais econômicas do que as universidades públicas.

Baseado em um orçamento de 2015, o gasto médio por aluno na Universidade de São Paulo foi de R$ 5,3 bilhões, com 94.875 estudantes. Este valor  resulta em um gasto mensal de R$ 4655,00 por aluno. Ao comparar-se esse resultado com o PROUNI, no mesmo ano, notamos uma diferença gritante. O governo renunciou R$ 970.434.955,00 em troca de 213.113 vagas, totalizando um gasto mensal de R$ 379,00.

Ao buscar por resultados, é notável o sucesso no exterior. Países como Colômbia, Índia, Chile e Suécia implementaram esse sistema e obtiveram excelentes resultados. A Colômbia aumentou em 10% o desempenho dos alunos em diferentes avaliações internacionais. Na Índia, a um custo três vezes inferior, o sistema de vouchers proporcionou uma elevação considerável na performance dos estudantes em Inglês, Ciências e Estudos Sociais. O Chile obteve expressivos resultados ao mesclar o serviço, incentivando competições entre escolas públicas e privadas.

# EDUCAÇÃO DOMICILIAR

Exposto no artigo 205 da Constituição Federal, a educação é um direito de todos e dever do Governo e da família. No entanto, uma alternativa à educação tradicional ganhou notabilidade atualmente: a possibilidade de jovens estudarem em casa, sob a supervisão dos pais.

De início, a educação domiciliar não visa excluir as demais formas de ensino. Surge, no entanto, como uma alternativa aos pais que desejam uma maneira diferente de educar seus filhos. Tem-se, dessa forma de ensino, uma marcante pluralidade de escolhas e modelos. Além disso, a associação defensora da causa garante que maiores liberdades nos métodos de educação despertam um interesse verdadeiramente genuíno no estudante. Ele naturalmente encontra sua vocação profissional e consegue, assim, priorizar as áreas de conhecimentos desejadas. Também, além de desenvolver os talentos pré-existentes dos alunos, o acompanhamento individual pode ser planejado a fim de desenvolver suas maiores dificuldades – diferente do modelo engessado atual.

Seguindo, destaca-se que os defensores dessa alternativa são, geralmente, os próprios responsáveis por esses jovens. Dentre estes, encontram-se aqueles pais que procuram privar os filhos dos problemas e deficiências encontrados nas escolas tradicionais. Também, há os pais de alunos com necessidades especiais que encontram, nas escolas regulares, dificuldades de adequação do estabelecimento e entraves na inclusão de seus filhos.

# Sociabilidade

A socialização não é exclusividade das escolas regulares – sendo, inclusive, muito maior fora das instituições educadoras. Vale lembrar que a educação domiciliar não é ilegal, apenas não regulamentada. Dessa forma, os oposicionistas buscam órgãos responsáveis – como o Conselho Tutelar- que, conforme o entendimento da autoridade encarregada, pode resultar em processos criminais – tido como abandono intelectual.

No entanto, a cobrança por uma posição melhor definida  do governo brasileiro começa a surtir efeito. No final de agosto, a pauta será julgada pelo Supremo Tribunal Federal. Quando o Brasil decidirá se a educação domiciliar, já implantada em países como Estados Unidos e Austrália, será regulamentada.

Precisamos recorrer à novas alternativas para mudar a situação da educação brasileira, não podemos ser passíveis com esta situação. Ao decorrer do post blog apontamos duas possibilidades que podem mudar esta realidade. Todavia surge a  pergunta: você quer mudar esta realidade?

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